ESG e contratação de egressos(as): A sua empresa está pronta para gerar um grande impacto social?
Suelen Pereira
02/06/2021
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Egressa é a pessoa que deixa o sistema prisional após pagar sua dívida com a sociedade. O caminho correto é que seja reintegrada à sociedade como pessoa livre e digna de respeito e direitos. Muitos desejam construir uma nova vida, porém têm dificuldades em concretizar um futuro melhor assim que deixam o cárcere. Infelizmente, na maioria das vezes são discriminados pela sociedade, que os rejeita e estigmatiza sem dar uma oportunidade de mudança, forçando-os a voltar à criminalidade por completa falta de opção.
E ainda há o agravante de que grande parte das pessoas egressas tem baixa escolaridade e não possuem muitas das competências exigidas pelo mercado de trabalho. Segundo DUARTE, na intensa corrida da sociedade da informação, a capacitação técnica evolui e transforma-se em frações de segundo, as descobertas e as novas tecnologias, exigem cada vez mais conhecimento técnico por parte do(a) profissional, para que possa se manter neste cenário. Diante dessa situação, a reinserção social e a empregabilidade das pessoas egressas se torna quase impossível.
Existe uma relação direta entre desigualdade social e criminalidade, ou seja, a falta de acesso à educação, saúde, moradia, transporte, renda, maior expectativa de vida, entre outros, coloca para a margem do sistema produtivo parte da população, favorecendo assim, a realização de atividades ilegais como forma de sobrevivência. Dessa forma, municípios e estados com maior desigualdade social possuem maiores taxas de violência e criminalidade.
Anualmente, é divulgado um relatório que mostra quais são os países mais seguros do mundo, o Global Peace Index (GPI) - Índice Global da Paz. Para chegar ao índice, o Instituto de Economia e Paz (IEP) compila uma série de indicadores relacionados à sensação de paz, que vão desde a criminalidade urbana ao grau de estabilidade política, a situação econômica de cada país e os mecanismos de combate à corrupção, entre outros fatores. No topo do ranking da pesquisa em 2020 estão, Islândia (1º), Nova Zelândia (2º), Portugal (3º), Áustria (4º) e Dinamarca (5º), países com elevado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e baixa desigualdade social. O Brasil ficou na 126ª posição de um total de 163 países , tendo caído 10 posições em relação ao ano anterior, em que estava na posição 116ª.
As empresas possuem um papel fundamental na minimização desse cenário dando oportunidades de emprego à parcela da população que se encontra em maior nível de vulnerabilidade e que têm mais dificuldades em acessar vagas no mercado formal. E quando falamos em pessoas egressas, os obstáculos são maiores ainda. Em contrapartida, quando lhes são oferecidas oportunidades, o impacto tanto na vida dessas pessoas, quanto na de seus familiares e na sociedade, é enorme! Uma empresa realmente engajada com a diversidade e com a transformação social que cria um Programa de inclusão de pessoas egressas gera um grande impacto na redução da desigualdade e consequentemente da violência.
Se a sua empresa quer realmente se comprometer com impacto social, entre em contato com a TROCA e juntes iremos construir um mundo mais justo e com oportunidades para todes.